A psicologia esclarece melhor essa questão do lado feminino” que os fofos têm. Para a psicanalista e psicóloga Patrícia Porchat, doutora pela USP com vários trabalhos na área de gênero, “existem estereótipos de características masculinas ou femininas”. Ela explica que nossa sociedade define quais são os padrões de comportamento do homem e da mulher, ditando o que cabe a cada um deles e o que pega mal. Mas, para nossa alegria, vários homens não têm dado muita bola para o que pega mal – e aprenderam a abrir o coração, sem medo de ser feliz.
“Fui perdidamente apaixonada por um machão criado em fazenda, desses que querem pegar todas as mulheres no Carnaval”, conta Margareth Monteiro, 39 anos, economista. “Ficamos seis meses juntos graças a uma incrível química. Quando essa química passou, pensei: ‘Meu Deus, o que estou fazendo aqui?’ ” O que mais incomodava Margareth eram os monólogos que tinha com o namorado, já que ele não era muito de conversar – diferentemente do fofo, que é ótimo papo. “Este acrescenta coisas à sua vida, ensina, aprende, ouve, fala. E, sim, os fofos gostam de sexo, mas não apenas de sexo. Outra vantagem é que eles não estão preocupados em mandar. Querem compartilhar.” Ela já teve vários namorados com esse perfil. “Mas não adianta procurar em estádio de futebol, certo? Um cinema seria melhor.”
Cleide nunca viu Carlos A., 46 anos, administrador de empresas, mas, se o conhecesse, ia se encantar com o perfeito exemplar de fofo. “Não consigo me interessar por uma mulher sem antes saber o que ela pensa, como vê o mundo. Quero descobrir o que ela tem de original, além da imprescindível sintonia física. Gosto de conversar e não me importo se o salário da minha parceira é maior que o meu”, declara. Cleide, não vou apresentar meu entrevistado a você porque ele confirma sua hipótese de que homens sensíveis são concorridos: Carlos é casadíssimo.
Na cama, um fofo não costuma decepcionar: preocupado com o prazer feminino, ele sabe fazer e receber carinho. Na cozinha, também é ótimo: não acha que louça é assunto só de mulher. “O homem que aceita uma relação igualitária, que divide as tarefas domésticas e vê na mulher uma companheira, e não uma rival, passa a ser desejado pela ala feminina independente, que não aceita a posição de submissão”, analisa a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de uma pesquisa sobre diferenças de gênero que investigou 1 279 homens e mulheres de classe média do Rio de Janeiro. “Há hoje uma expectativa de que os homens sejam mais delicados, atenciosos, femininos. As mulheres esperam, e até mesmo exigem, que eles mudem no que diz respeito à relação amorosa.” Verdade: um dos nossos passatempos preferidos é (tentar) mudar um homem!
Liliane Prata-Revista Claudia.
4 Diga uma coisinha!:
eu ja achei o meu! :p
Éeee verdadeeee...Que bonitinho...rsss Bjs
hummmmm..tenho um em casa!!!bjus
Eu também tenho....:p
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