A grande referência em ebook readers no mundo é o americano Kindle, da Amazon. O sucesso do Kindle nos Estados Unidos e em alguns países da Europa enche os olhos de qualquer empresário que atua no ramo. Não há números oficiais divulgados, mas especialistas estimam que a renda com a venda dos aparelhos e dos livros digitais chegue a US$ 1,4 bilhão em 2010.
O modelo de negócio pegou lá fora, mas principalmente por causa da mãe do Kindle, a Amazon. A empresa é a maior loja pontocom dos Estados Unidos, e começou na internet em 1995 vendendo justamente livros. A vocação no mercado foi fundamental. É claro que fez também toda a diferença o fato de Oprah, a apresentadora mais popular dos EUA, ter dito que o aparelho tinha mudado sua vida.
Pois falta um padrinho ao “Kindle brasileiro”. Segundo o gerente de marketing da fabricante, Eduardo Silva, alguns contatos com lojas pontocom brasileiras foram feitos, mas nada foi fechado ainda. Ele não cita nomes, mas é fácil imaginar que as parceiras naturais seriam varejistas como Americanas/Submarino e Saraiva.
A tabelinha Kindle/Amazon lembra o sucesso na música da dupla iPod/iTunes (Apple), que se repete agora com a venda de aplicativos para o celular iPhone. O sucesso do Kindle, do iPod e do iPhone não é apenas pelo “rostinho bonito” dos aparelhos. E o da BraView nem é lá dos mais atraentes.
Sem padrinho, a empresa vai entrar nesse mercado com cuidado. Em um primeiro momento serão postos à venda apenas mil aparelhos.
O modelo escolhido para o lançamento é básico. Em recursos, lembra muito a primeira geração do Kindle, lançada nos Estados Unidos em novembro de 2007. O reader da BraView terá entrada para cartão de memória e servirá também como tocador de MP3. Não tem, por exemplo, conexão wireless para compra direta de conteúdo digital na internet, presentes no Kindle 2 e no Kindle DX. Segundo a BraView, essa função será incorporada na próxima geração do aparelho. O recurso wireless completou, com a Amazon e a Oprah, a trinca de sucesso do Kindle.
Por questões óbvias de patente, não será possível ler no gadget brasileiro os mais de 300 mil livros digitais disponíveis na Amazon (formato AZW). O “Kindle brasileiro” é compatível com arquivos PDF (Acrobat), TXT (texto), HTML (internet), EPUB e MOBI (dois dos arquivos padrões para livros digitais), FB2 (PocketPC), PRC (Palm), JPG e BMP (imagens) e MP3 (música). O preço do brinquedo será de US$ 200, algo próximo a R$ 380 no câmbio de hoje.
O Kindle não é vendido no Brasil, mas não faltam sites que ensinam como usar o aparelho por aqui. Além disso, há diversos ebook readers gringos no mercado nacional. A chegada de um representante genuinamente brasileiro levanta a dúvida: será que leremos livros digitais por aqui como fazem lá fora?
Fonte: Bombou na Web.
2 Diga uma coisinha!:
Acho q nao estou pronta, prefiro ver livros no bom e velho modo! :p um bom livro velho q cheira! :p
Aceito a tecnologia...acho válido, mas concordo com você.
Postar um comentário