Rainha, fada, fera ou curinga? No jogo amoroso, cada posição escolhida revela a negociação de poder entre pares e pode sim definir o tipo de relacionamento.
Negociante: Quanto mais clareza uma mulher tiver do que está disposta a oferecer numa relação e do que quer receber do seu par, melhor. A doação absoluta é uma utopia. A "moeda" varia (a expectativa pode ser obter uma demonstração de amor, uma ajuda prática, o reconhecimento etc.), mas o jogo se sustenta na troca e na possibilidade de acordos. Quem cobra demais fica chata e sufoca o parceiro. E quem encarna a boazinha, que tudo dá sem esperar nada... Uma hora se ressente e acaba pulando para a casa da vitima.
Vitima: Seu lema oculto: "Fui injustiçada e, portanto, você me deve o universo". Essa posição é muito inconsciente e trás ganhos secundários: a vitima fica no centro do mundo e faz com que o parceiro se sinta culpado pelas dores dela.Mas não se enxerga assim e se amargura, achando-se inferior. Só com terapia uma pessoa consegue sair desse lugar: Ou então o parceiro rompe a dinâmica abdicando de salvar a eterna sofredora.
Apaixonada: Posição deliciosa ou desastrosa, dependendo da situação. A paixão vitaliza, convida a jogar. O perigo está em depositar todas as fichas no outro, do tipo: "Vou morrer se ele olhar para mim". Tamanha entrega pode excitar o homem ou sufocá-lo. O segredo é acertar a dose. Em relações duradouras, esse encantamento deve ser cultivado, é necessário, e alimenta muito o amor.
Curinga: De excepcional mobilidade, essa posição pressupõe um grande trabalho interno. Só está disponível para quem tem discernimento do que é seu e do que é do outro (muitos casais fazem anos de terapia para chegar lá). A agilidade de curinga implica autoconhecimento, capacidade de se responsabilizar pelo que sente, percepção do parceiro e talento para brincar com os papéis masculinos e femininos. Se o homem estiver à altura, a jogada promete!
Escrito por Déborah de Paula Souza.
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