Depois dele, o artesanato nordestino nunca mais foi o mesmo. Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, como ficou conhecido no Brasil e no mundo, e que completaria nesta sexta, cem anos.
Não deve haver mais que 600 peças do mestre espalhadas no Brasil e no mundo: 66 fazem parte do acervo do Museu do Barro, em Caruaru, onde estão também os pífanos com que Vitalino Pereira dos Santos mostrou que era artista não somente na escultura.
Os bois são uma espécie de marca registrada do mestre. Depois dos animais vieram as pessoas. Vitalino passou a esculpir cenas do cotidiano. O noivo e noiva a caminho da igreja, o barbeiro e o cliente, os retirantes. Ele moldou no barro até o que provavelmente nunca viu: uma cirurgia. Uma operação, como se diz na região.
"Eu acho que o grande mérito de Vitalino foi ter sido esse divisor de águas entre o artesanato e a escultura. Ele imprime a escultura dentro do artesanato e o leva pra outra dimensão", diz Lina Rosa, publicitária.
Na casa onde Vitalino morreu, aos 54 anos, de varíola, funciona um museu. É no Alto do Moura, em Caruaru. As peças à venda são dos descendentes. Mais de 50 artistas como ele.
Todos dizem que Vitalino não economizava conversa quando alguém pedia que ensinasse a fazer bonecos. O resultado? Todo o lugarejo foi contaminado, no melhor sentido, pelo talento.
"O que me impressiona é a força de um artesanato de um traço simples ganhar toda essa popularidade, conquistar todo esse lugar aqui", diz um turista.
Marliete, que refinou as feições dos bonecos e descobriu que a força deles não está no tamanho, já levou esta arte diversas vezes à Europa.
"Uma vez eu estava em Portugal, e as pessoas chegaram e olharam assim: boneco do Mestre Vitalino! Onde a gente tá com os bonecos do Alto do Moura, as peças já são batizadas de boneco de Vitalino, apesar de não terem sido feitas por ele. Mas é muito forte o nome do Mestre Vitalino", conta Marliete Rodrigues, artesã.
Os bois são uma espécie de marca registrada do mestre. Depois dos animais vieram as pessoas. Vitalino passou a esculpir cenas do cotidiano. O noivo e noiva a caminho da igreja, o barbeiro e o cliente, os retirantes. Ele moldou no barro até o que provavelmente nunca viu: uma cirurgia. Uma operação, como se diz na região.
"Eu acho que o grande mérito de Vitalino foi ter sido esse divisor de águas entre o artesanato e a escultura. Ele imprime a escultura dentro do artesanato e o leva pra outra dimensão", diz Lina Rosa, publicitária.
Na casa onde Vitalino morreu, aos 54 anos, de varíola, funciona um museu. É no Alto do Moura, em Caruaru. As peças à venda são dos descendentes. Mais de 50 artistas como ele.
Todos dizem que Vitalino não economizava conversa quando alguém pedia que ensinasse a fazer bonecos. O resultado? Todo o lugarejo foi contaminado, no melhor sentido, pelo talento.
"O que me impressiona é a força de um artesanato de um traço simples ganhar toda essa popularidade, conquistar todo esse lugar aqui", diz um turista.
Marliete, que refinou as feições dos bonecos e descobriu que a força deles não está no tamanho, já levou esta arte diversas vezes à Europa.
"Uma vez eu estava em Portugal, e as pessoas chegaram e olharam assim: boneco do Mestre Vitalino! Onde a gente tá com os bonecos do Alto do Moura, as peças já são batizadas de boneco de Vitalino, apesar de não terem sido feitas por ele. Mas é muito forte o nome do Mestre Vitalino", conta Marliete Rodrigues, artesã.
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