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"A Era da Informação oferece muito à humanidade, e eu gostaria de pensar que nós nos elevaremos aos desafios que ela apresenta. Mas é vital lembrar que a informação -- no sentido de dados brutos -- não é conhecimento, que conhecimento não é sabedoria, e que sabedoria não é presciência. Mas a informação é o primeiro passo essencial para tudo isso."
Arthur C. Clarke

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Algo bem presente.


Pense-se no celular como o cordão umbilical eterno.
Um dos modos pelos quais nos tornamos adultos é
internalizando uma imagem de nossos pai e mãe e
dos valores e conselhos que eles nos passaram
em nossa infância.

Então, sempre que nos defrontamos com incertezas
ou dificuldades, recorremos a essa imagem interna-
lizada. Nós nos tornamos, de certa maneira, todos
os adultos sábios que já tivemos o privilégio de
conhecer.

"O celular impede os jovens de descobrirem por
conta própria o que fazer", diz Anderegg*. "Eles
não chegam a internalizar nenhuma imagem.
A única coisa que internalizaram é o comando
'ligue para papai ou mamãe'."

De Bernardo Carlucci, da Universidade de Indiana:
"A primeira coisa que os jovens fazem ao sair da
minha sala de aula é abrir seus celulares. Cerca de
95% das conversas são algo desse tipo: 'Acabei de
sair da aula. Te vejo na biblioteca em cinco minutos'.
Se não houvesse o celular, eles teriam que combinar
com antecedência; teriam que pensar mais para a
frente."

*David Anderegg, psicólogo infantil em Lenox
(Massachusetts) e professor de psicologia no
Bennington College. Anderegg ouviu de um
paciente: "Eu gostaria que meus pais tivessem
outro hobby que não fosse eu".


Por Hara Estroff Marano in Caderno Mais: Folha de
S. Paulo

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