Muita gente no Brasil torce o nariz para os cursos
de graduação a distância – mas eles podem oferecer
ensino de alto nível e atrair para a universidade
quem hoje está de fora
Estudo na madrugada No mundo inteiro, os cursos universitários a distância funcionam muito bem. No Brasil, os primeiros resultados sobre eles indicam o mesmo. "Existe no país uma sacralização da sala de aula, o que remete às primeiras escolas do século XIX", diz Maria Inês Fini, doutora em educação. "É um apego a uma concepção de ensino que não tem mais lugar, especialmente no mundo pós-internet." O ensino a distância surgiu no Brasil no início do século passado e, durante décadas, foi sinônimo de curso por correspondência. Os alunos liam as apostilas em casa. Enviavam e recebiam suas dúvidas e seus exames pelo correio. Certo avanço se viu nos anos 70, quando à velha fórmula se somaram aulas transmitidas na televisão – caso do tradicional Telecurso. Tudo isso, no entanto, guarda apenas uma remota semelhança com o fenômeno atual. Primeiro, porque, até 1996, nem sequer havia uma legislação no país que reconhecesse cursos a distância de nível superior. Outra mudança decisiva diz respeito à consolidação da internet, com a perspectiva de tornar tais aulas mais interativas e atraentes. "A participação dos alunos no ambiente virtual é muito maior do que na sala de aula", observa João Vianney, diretor do ensino on-line da Unisul, universidade particular de Santa Catarina e uma das pioneiras na modalidade. É claro que também existem arapucas. O MEC compôs uma lista negra com 2 000 unidades de onze universidades que terão de se adequar aos padrões do bom ensino on-line. Se não melhorarem, terão de fechar. ** Como referência! Boas faculdades na rede: Unisul -Universidade particular de Santa Catarina. Fundação Getulio Vargas |
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