Notícias ótimas! vindas diretamente dos centros de pesquisa apontam para onde a medicina deve caminhar na próxima década. Se tudo correr como previsto, até 2020 teremos muito que comemorar: vêm aí tratamentos revolucionários para várias doenças que nos tiram o sono, como câncer de mama, depressão, Alzheimer e enxaqueca.
Logo, logo, provavelmente vamos respirar aliviadas. O câncer de mama, o mais letal para as brasileiras, poderá ser controlado na próxima década graças a uma vacina que, testada em ratos programados para desenvolver a doença, revelou-se eficaz. O estudo, realizado na Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, deve ser estendido aos seres humanos no ano que vem. Essa é apenas uma das grandes notícias que podem sair do forno num período de tempo relativamente curto para a ciência – dez anos.
Câncer na mira
A expectativa é que a doença seja controlada. Para isso, as maiores cartadas devem ser a vacina, no caso do tumor de mama, e o tratamento personalizado. A primeira vai estimular o sistema imunológico a destruir uma proteína encontrada na maior parte dos nódulos malignos dos seios. Se o problema já tiver se instalado, uma tecnologia de última geração permitirá traçar o perfil genético do câncer e planejar melhor o ataque às células malignas. "Dessa forma, a quimioterapia passa a ser direcionada e diminuem os efeitos colaterais", explica Marcello Fanelli, diretor de oncologia clínica do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Fora do Brasil, o novo método já começa a ser usado para tratar o câncer de mama, de intestino grosso e de pulmão. Por aqui, a técnica vem sendo empregada no plano experimental.
Rédea curta para o Alzheimer
Cresce a esperança de que no futuro seja possível dominar o mal, que afeta 1 milhão de pessoas no Brasil e 25 milhões no mundo. A equipe de Wagner Gattaz, do Instituto de Psiquiatria da USP, prepara-se para testar um tomógrafo que identifica no cérebro alterações sugestivas da doença quando elas ainda estão no início. O aparelho utiliza substâncias radioativas ligadas às áreas doentes e as torna visíveis. Cientistas do mundo todo buscam formas de impedir a progressão do problema e também investigam fármacos para evitar a morte das células nervosas. As pesquisas estão tão avançadas que se anuncia até a criação de uma vacina para prevenir o acúmulo no cérebro de determinadas substâncias causadoras do Alzheimer. As primeiras doses devem estar disponíveis já nos próximos anos.
Dor, só de cotovelo
Muitas vezes, a artrite reumatoide deixava os doentes limitados à cadeira de rodas. Esse desfecho começou a mudar em 2000 com o surgimento de drogas que imitam substâncias naturais capazes de deter inflamações. Se tudo der certo, a tendência é que as pessoas passem períodos cada vez mais longos livres do mal. "Há vários remédios desse tipo em pesquisa, com a vantagem do uso por via oral", diz o reumatologista Cristiano Zerbini, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Quanto à fibromialgia (dores pelo corpo todo), a meta é achar compostos eficientes com base na descoberta de mais neurotransmissores ligados à dor, segundo Evelin Goldenberg, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Fora, aids
As mulheres, no ato sexual, usarão um produto capaz de reduzir o risco de contrair aids. Estão em estudos cerca de 50 substâncias para esse fim. A novidade de veter versões em gel, creme, supositório e papel-filme e poderá ser especialmente útil quando o homem se recusar a usar camisinha. Numa conferência sobre o assunto, realizada em maio deste ano em Pittsburg, nos Estados Unidos, foi apresentado também um anel vaginal de silicone flexível que, ao liberar certos com postos, inibe a reprodução do HIV.
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